Papa João Paulo II na cela de São Maximiliano Kolbe
Na homilia de canonização, João Paulo II expressou-se nos seguintes termos: "...Pela morte que padeceu Frei Maximiliano, renovou-se, neste nosso século, tão ameaçado pelo pecado e pela morte, aquele sinal transparente do amor. Um grande amor por Cristo e um desejo de martírio acompanhavam-no no caminho da vocação franciscana e sacerdotal. Maximiliano não morreu, ele deu a vida pelo irmão. É por isso que sua morte tornou-se sinal de vitória. Vitória sobre todo o sistema de desprezo e ódio do homem, e daquilo que no homem há de divino, vitória semelhante àquela que levou Nosso Senhor Jesus Cristo ao Calvário.
"Basta um segundo para fazer um herói;é preciso uma vida para fazer uma pessoa de bem.”
Este pensamento ilustra bem a figura e a vida de Maximiliano Kolbe, padre franciscano polaco, morto em Auschwitz.
A atitude notável de Maximiliano em querer tomar o lugar de um pai de família, condenado à morte pela fome, é muito mais do que um simples acto heróico. Num contexto tão desumanizante como um campo de extermínio, este homem provou que o amor, por si só, pode quebrar toda a engrenagem de morte, que o instinto de sobrevivência pode ser sublimado pela caridade. São esses mesmos sentimentos que o animará e reavivará o grupo de condenados, privados de luz, comida e água, expostos às condições degradantes. Pela oração e pelos cânticos, transformarão o calaboiço numa cripta de Igreja, até sucumbirem. Espantosamente só Maximiliano, minado por tuberculose e com apenas um pulmão a funcionar, resistiu para além de quinze dias. Tiveram de acabar com ele injectando-lhe ácido.Quem testemunhou, não esqueceu jamais que o amor mantém e eleva a dignidade humana.
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