sábado, 19 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Parva que sou
Deolinda - Parva que sou
Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Ciência e Tecnologia
Lê atentamente o texto seguinte que te ajudará a aprofundar o que foi dito no texto do manual “A Sociedade da Informação”.
“Li há tempo um artigo notável sobre o fotografo Nick Ut. Quem é Ut? A melhor forma de apresentar o criador é relembrar uma das suas criaturas.
Recuemos, então, 35 anos. E na foto mais famosa de Ut, vemos um grupo de crianças no Vietname a fugir dos bombardeamentos. E, no meio da estrada, com os braços abertos, uma rapariga de nove anos, totalmente despida, com uma expressão de choque e de horror.
A foto correu mundo, Ut ganhou o Pulitzer respectivo. E depois foram 35 anos de silêncio, apenas quebrados por uma foto recentemente tirada. Temos uma nova rapariga. Temos também novo choro. Mas, desta vez, a personagem em questão não é uma criança vietnamita. É Paris Hilton, no banco traseiro de um carro policial, no dia que soube que a cadeia esperava por ela devido a uma infracção qualquer. A foto voltou a correr o planeta e Nick Ut regressou, subitamente, ao reino dos vivos. (…) Há 35 anos, a «seriedade» e a «brutalidade» do mundo exigiam testemunhas capazes de o mostrar a um auditório atento e disponível. Hoje (…) não há grandes narrativas bélicas ou ideológicas para escrever ou fotografar. A História chegou ao seu termo e o ocidente acredita que sim. E por isso consome, como nunca consumiu, as alegrias e as tristezas das «celebridades». Neste capítulo, Paris Hilton não tem par: na sua vulgaridade sensual e sexual; na sua visível, festiva e até autocelebrada falta de massa encefálica; e num certo niilismo ético, estético e até espiritual, Hilton é um sucesso que as massas jamais ignoram ou esquecem. (…) No século XXI desprestígio é não ser uma [celebridade].”
ão Pereira Coutinho, Expresso de 15 de Agosto de 2008
1.Pesquisa as fotos de que fala o texto e compara-as.
2.Porque será que para o autor o ocidente se entretém a procurar notícias sobre as celebridades? [Porque perdeu o sentido da história, o sentido do que realmente é importante. Procura saber algo da vida privada dos seus ídolos, ídolos sem valores intrínsecos. As pessoas gostariam de ter a vida das celebridades que lhes é proposta pela comunicação social, esquecendo que o que se vê não é a vida das pessoas, mas somente uma visão de uma realidade mais profunda.]
3.O niilismo foi um conceito introduzido por Nitche e significa o vazio de qualquer tipo de valores e da sua hierarquia. Como se aplica ao nível ético, estético e espiritual? [Nada é bom ou mau (ético), belo ou feio (estético), nada nos torna melhores.]
4.No teu entender o que deveria realmente ser notícia e que critérios deveriam presidir a um noticiário. [O Homem nas suas diferentes dimensões com especial incidência na sua vida politica, económica, social e cultural ajudando a formar uma consciência mais humana, participativa, solidária e ecológica.]
“Li há tempo um artigo notável sobre o fotografo Nick Ut. Quem é Ut? A melhor forma de apresentar o criador é relembrar uma das suas criaturas.
Recuemos, então, 35 anos. E na foto mais famosa de Ut, vemos um grupo de crianças no Vietname a fugir dos bombardeamentos. E, no meio da estrada, com os braços abertos, uma rapariga de nove anos, totalmente despida, com uma expressão de choque e de horror.
A foto correu mundo, Ut ganhou o Pulitzer respectivo. E depois foram 35 anos de silêncio, apenas quebrados por uma foto recentemente tirada. Temos uma nova rapariga. Temos também novo choro. Mas, desta vez, a personagem em questão não é uma criança vietnamita. É Paris Hilton, no banco traseiro de um carro policial, no dia que soube que a cadeia esperava por ela devido a uma infracção qualquer. A foto voltou a correr o planeta e Nick Ut regressou, subitamente, ao reino dos vivos. (…) Há 35 anos, a «seriedade» e a «brutalidade» do mundo exigiam testemunhas capazes de o mostrar a um auditório atento e disponível. Hoje (…) não há grandes narrativas bélicas ou ideológicas para escrever ou fotografar. A História chegou ao seu termo e o ocidente acredita que sim. E por isso consome, como nunca consumiu, as alegrias e as tristezas das «celebridades». Neste capítulo, Paris Hilton não tem par: na sua vulgaridade sensual e sexual; na sua visível, festiva e até autocelebrada falta de massa encefálica; e num certo niilismo ético, estético e até espiritual, Hilton é um sucesso que as massas jamais ignoram ou esquecem. (…) No século XXI desprestígio é não ser uma [celebridade].”
ão Pereira Coutinho, Expresso de 15 de Agosto de 2008
1.Pesquisa as fotos de que fala o texto e compara-as.
2.Porque será que para o autor o ocidente se entretém a procurar notícias sobre as celebridades? [Porque perdeu o sentido da história, o sentido do que realmente é importante. Procura saber algo da vida privada dos seus ídolos, ídolos sem valores intrínsecos. As pessoas gostariam de ter a vida das celebridades que lhes é proposta pela comunicação social, esquecendo que o que se vê não é a vida das pessoas, mas somente uma visão de uma realidade mais profunda.]
3.O niilismo foi um conceito introduzido por Nitche e significa o vazio de qualquer tipo de valores e da sua hierarquia. Como se aplica ao nível ético, estético e espiritual? [Nada é bom ou mau (ético), belo ou feio (estético), nada nos torna melhores.]
4.No teu entender o que deveria realmente ser notícia e que critérios deveriam presidir a um noticiário. [O Homem nas suas diferentes dimensões com especial incidência na sua vida politica, económica, social e cultural ajudando a formar uma consciência mais humana, participativa, solidária e ecológica.]
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