Têm os jovens de hoje menos interesse na religião?
Depois do Sínodo dos Bispos católicos que, em Outubro, debateu o tema dos jovens e da sua relação com a fé, o 7MARGENS foi tentar perceber o que pensam os jovens portugueses acerca da religião. Confessam-se cépticos, buscam caminhos à maneira de cada um, querem descobrir um Deus que escuta…
“Sinto que somos uma geração muito céptica, que tem que ver para acreditar. Mesmo quando vemos, partimos logo do princípio que não é verdade. Por exemplo, há muitos vídeos no Youtube em que o primeiro comentário é para acusar que o conteúdo é falso ou montagem”, comenta José Maria Ceregeiro, engenheiro civil, 24 anos.
A religião sempre foi transmitida de geração em geração e incutida no ambiente dos mais novos que por sua vez, a legavam aos seus filhos, como lembra o antropólogo e sociólogo Alfredo Teixeira: “De forma geral, no modelo social que conhecíamos, a religião fazia parte da identidade familiar e, de alguma maneira, herdava-se. Mas a religião já não se reproduz da mesma forma que acontecia no passado.”
Mafalda Mendes, 21 anos, licenciada em gestão no ISCTE-Lisboa, é escuteira e católica de prática regular mas admite que, entre os seus colegas universitários, era uma das poucas que se considerava religiosa: “Estamos a viver uma grande crise de esperança. Acho que os jovens nem sequer pensam em religião. Conheço muita gente que nunca tinha parado e feito uma introspecção, para considerar o que fazemos no mundo.”
E TU?