segunda-feira, 15 de maio de 2017

Cartas de crianças, e uma delas é portuguesa a Francisco.


A resposta do papa à carta das cerca de 30  crianças que fazem parte do primeiro livro de Francisco para as crianças.
As cartas apresentadas no livro, remetidas por crianças dos seis aos 13 anos, dos cinco continentes, pedem ajuda ao papa, assim como conselhos, respostas às próprias dúvidas e explicações sobre o sentido da fé e da existência.


«O que fazia Deus antes de fazer o mundo? O que é feito dos nossos entes queridos após a morte? Temos realmente todos, mesmo os maus, um anjo da guarda? Qual foi a coisa mais difícil que o papa teve de fazer na sua missão e que coisa faria se pudesse realizar um milagre? 




«Querido papa Francisco, a minha mamã está no Paraíso. Crescer-lhe-ão asas de anjo?», perguntou Luca, australiano, de 7 anos. «Querido Luca, não, não, não! A tua mamã está no céu bela, esplêndida, cheia de luz. Não lhe cresceram asas. É precisamente a mamã que tu conheces, mas mais bela que nunca. E ela olha-te e sorri para ti, que és seu filho. De cada vez que te vê a tua mamã fica contente, se te portas bem. Se não te portas bem, ela quer-te bem na mesma e pede a Jesus para te fazer melhor. Pensa assim a tua mamã: bela, sorridente e cheia de afeto por ti», respondeu Francisco.


Wing, de 8 anos, escreveu da China: «Querido papa Francisco, porque é que gostas de jogar futebol? Desejo-te boa saúde». E o papa: «Querido Wing, gosto muito de futebol. Nunca joguei jogos a sério porque nunca aprendi bem a técnica do jogo. O meu pé não é ágil. Mas gosto muito de ver jogar as equipas no campo. Sabes porquê? Porque vejo que é um jogo de equipa, de solidariedade. Apaixono-me ao ver uma partida. Se um jogador quer jogar sozinho, perde, e depois os seus companheiros de equipa não gostam dele. Joga-se bem futebol quando se joga em conjunto, quando se faz jogo de equipa e se procura o bem de todos sem pensar no bem pessoal ou em evidenciar-se. Assim deveria ser também na Igreja».

William, rapaz norte-americano de sete anos, perguntou ao papa qual seria o milagre que faria, se pudesse. «Querido William, curaria as crianças. Ainda não consegui entender porque é que as crianças sofrem. Para mim é um mistério. Não sei dar uma explicação. Interrogo-me sobre isso. Rezo sobre esta pergunta: porque é que as crianças sofrem? É o meu coração que põe a pergunta. Jesus chorou, e chorando compreendeu os nossos dramas. Eu procuro compreender. Se pudesse fazer um milagre, curaria todas as crianças. O teu desenho faz-me refletir: há uma grande cruz escura e por trás está o arco-íris e o sol que esplandece. Gosto. A minha resposta à dor das crianças é o silêncio ou uma palavra que nasce das minhas lágrimas. Não tenho medo de chorar. Também tu não deves ter medo.»

A criança portuguesa refere: «Querido papa Francisco, quando o vi na Praça de São Pedro senti uma grande alegria porque olhou para mim. O que sente quando olha para as crianças à sua volta? Obrigado pela sua atenção. Um abraço do João». 














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